Já se perguntou: Por que as turbinas eólicas têm três lâminas finas e as ventoinhas de tecto cinco lâminas largas?
As diferenças entre as lâminas das eólicas e das ventoinhas de tecto devem-se a diferentes critérios estabelecidos no projecto das mesmas: as eólicas são construídas para captarem vento em alta velocidade e gerar electricidade por indução electromagnética; as ventoinhas de tecto devem deslocar o ar a uma velocidade baixa, utilizando componentes baratos.
Para manter o baixo custo do gerador, uma eólica captura a energia do ar que se move rapidamente e gira com uma velocidade relativamente elevada para não produzir um ruído excessivo. Uma rotação lenta aumentaria o binário e exigiria componentes mais resistentes e caros no gerador. Esta conversão de energia exige uma lâmina altamente especializada. O desenho desta cria uma diferença de pressões (alta pressão de um lado da lâmina e baixa no outro) que faz com que a lâmina se mova. A razão da utilização de três lâminas depreende-se, basicamente, com a relação custo/benefício. Se se utilizassem duas lâminas, a estrutura dinâmica da eólica teria que ser mais complexa; se se utilizassem mais de três implicariam custos demasiado elevados para a criação da eólica.
Por outro lado, a ventoinha de tecto é construída para manter a ventilação de uma área reduzida, pela movimentação suave de ar. Os engenheiros procuram minimizar o ruído do aparelho a baixas velocidades e manter os custos de produção e, consequentemente, um preço de venda baixo. Neste caso, a eficiência energética não é a principal preocupação dado que se um ventilador de tecto comum trabalhar 24 horas por dia, isto resultará num consumo de 60 kWh em um mês. Por esta razão, estes ventiladores possuem lâminas que são dispositivos de arrasto de baixa eficiência; girar as lâminas inclinadas, empurra o ar verticalmente para fora. Lâminas largas e grossas são baratas e funcionam bem como dispositivos de arrasto. Mais uma vez, a utilização de cinco lâminas depreende-se com o equilíbrio da relação custo/benefício.
Baseado na revista Scientific American Brasil de Março de 2009.
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